Com apenas 10 meses governo, o prefeito Alexandre Pereira de Serra Branca é, sem dúvida, um dos que mais têm mostrado mais perspectiva de crescimento das últimas décadas. Afinal estamos falando de pouquíssimo tempo de gestão em um meio onde alguns resultados demandam mais tempo para acontecer. Porém, desde o início da gestão, Alexandre demonstrou vontade de acertar, corrigiu erros com humildade e tem demonstrado sensibilidade para escutar aliados e o povo como outros não fizeram. Sua administração deu passos importantes para o pouco tempo que como o anúncio histórico do asfaltamento de ruas numa cidade de bairros inteiros que vivem com a lama e poeira há décadas, um sonho antigo da população que começa a sair do papel. O melhoramento do hospital municipal, que recebeu atenção logo que o gestor assumiu o comando é outro ponto crucial reconhecido pela população.
Também é inegável o avanço nas melhorias de algumas estradas esquecidas e os projetos anunciados também os distritos de Sucuru e Santa Luzia, comunidades que há décadas se sentiam excluídas do processo de gestão de Serra Branca.
E, de fato, Serra Branca tem tudo para crescer ainda mais. Mas, como todo barco que precisa navegar em mar aberto, é preciso estar atento ao peso que o impede de seguir com mais velocidade. E é aqui que entra a âncora que tem segurado o avanço da gestão: o supersecretário Marcos Pereira, conhecido como Marquinhos.
Marquinhos, que tentou atuar como uma espécie de “prefeito sem voto”, tem um passado desconhecido da população serrabranquense, e até hoje pouco se sabe sobre sua real experiência administrativa. O que se sabe, no entanto, é que falta a ele vivência de gestão pública e, principalmente, competência e humildade para entender e lidar com o desafio financeiro que qualquer município pequeno de uma das regiões mais pobres do Brasil tem.
Mesmo num momento em que Serra Branca vive a maior arrecadação de sua história, o que deveria ser sinônimo de prosperidade fiscal, o município tem enfrentado algumas dificuldades financeiras justamente no setor que foi delegado ao secretário. E isso é resultado direto de uma condução desequilibrada das finanças, sob o comando do secretário Marcos Pereira.
Vale destacar que esse momento positivo de arrecadação se deve, em grande parte, à contribuição de um serra-branquense que tem feito muito mais do que muitos políticos na história da cidade: Ernildo Júnior. Com seu empenho e amor a cidade, Ernildo tem colaborado com o município e ajudado a abrir portas e caminhos para que Serra Branca pudesse arrecadar mais e planejar melhor o futuro.
Ou seja, enquanto o prefeito Alexandre tem mostrado boa vontade e visão de futuro, e enquanto servidores e parceiros como Ernildo Júnior têm contribuído para que o município cresça, o secretário tem caminhado na contramão, criando barreiras internas, tomando decisões impopulares e travando o avanço de uma gestão que tem tudo para ser grande. Tudo isso lhe credenciou a ser o secretário mais rejeitado internamente e externamente da gestão.
Alexandre tem uma boa aprovação popular e um carinho genuíno do povo de Serra Branca. O povo reconhece sua boa intenção, sua simplicidade e o desejo sincero de ver a cidade prosperar. No entanto, um bom timoneiro também precisa saber quando soltar o peso que impede o barco de seguir em frente.
Se o prefeito Alexandre quiser alcançar todo o potencial que tem, precisa largar essa âncora chamada Marcos Pereira. Porque uma âncora ruim não apenas impede o barco de avançar — ela pode afundá-lo.
O povo torce para que o Alexandre que sonha com uma Serra Branca melhor seja o mesmo que tenha a força de soltar a âncora e fazer esse barco avançar. E quando esse dia chegar, e parece que está bem próximo, uma festa silenciosa dentro das casas, nos almoços em família e nas rodas de conversa será tão grande que fará inveja a comemoração do Wesley Safadão.
Júnior Queiroz
Jornalista, editor e apresentador