Em artigo, socialista fala sobre impasse da oposição na PB e diz que grupo está “sem norte”

O jornalista e Presidente do PSB de Serra Branca, Clóvis Gaião, escreveu artigo abordando as articulações e bastidores da política paraibana visando as eleições 2018. No texto o jornalista fala sobre impasse da oposição e diz que grupo está “sem norte”.

Confira o artigo na íntegra:

Uma oposição sem Cara

As lideranças da oposição na Paraíba definitivamente andam batendo cabeça. O primeiro impasse se dá em relação a data da definição do candidato a governador, uns entendem que deve ser em janeiro, outros após os festejos de carnaval e até quem entenda que somente em abril. Mas essa questão serve de “cortina de fumaça” para um problema ainda maior, a indefinição sobre a cabeça de chapa e o impacto da decisão do atual governador Ricardo Coutinho em disputar o Senado ou ficar no governo.

Cartaxo, do PSD, Romero Rodrigues (PSDB) ou José Maranhão (PMDB). E Cássio abrirá mão de exercer sua força política? Cássio abandonaria seu aliado de primeira hora e companheiro de partido Romero Rodrigues para apoiar Cartaxo? E Rômulo Gouveia iria de encontro ao seu aliado de longas datas, Cássio, para apoiar seu novo aliado Luciano Cartaxo? Definitivamente, “tem caroço nesse angú”, são muitos planos, desejos e sonhos particulares não revelados…

A oposição carece de um norte, de um projeto de governo que vá além do discurso repetido em 2014 de que o Estado estaria entregue ao caos e a insegurança, que se mostrou frágil, pois mesmo que a violência seja um grave problema, se verificou alguns avanços na redução dos homicídios e roubo a veículos, e o Estado mantem as finanças equilibradas com funcionalismo e fornecedores recebendo em dia e entrega obras por todo o Estado. Falta, portanto, uma identidade, propostas claras, não se sabe sequer qual a cara da oposição.

A situação é ainda pior estando essas mesmas lideranças na linha de frente da defesa das pautas impopulares do presidente Temer como a reforma da previdência, reforma trabalhistas, os cortes em programas sociais e os escândalos de corrupção, este último sob um olhar benevolente de setores do judiciário e do Ministério Público. Eles acham que essa conta não vem!

Enquanto isso em outra frente, Ricardo Coutinho manteve-se firme no campo progressista e popular, até nos piores momentos como no impeachment da presidente Dilma. Ricardo sabe que “quem tem prazo não tem pressa”, e analisa se contribuirá mais com a candidatura ao governo de João Azevedo (PSB), ficando no governo ou disputando o Senado. João Azevedo partiu na frente e tem dado passos largos visando fortalecer seu nome com uma intensa agenda de entrega de obras até o início de abril e de visita aos municípios beneficiados com as ações do governo socialista. No campo partidário, já dialoga de forma mais clara com os possíveis aliados que devem compor a chapa majoritária como o deputado federal Veneziano.

A cada entrevista na imprensa as lideranças da oposição parecem mais desconectadas com os avanços obtidos pela Paraíba e pela falta de um fio condutor, um projeto que garanta a continuidade de avanços vivenciados a cada dia. O mês de outubro será decisivo para o presente e o futuro da Paraíba e do país e, quanto a isso, os cidadão paraibanos não vão querer abrir mão de decidir.

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