O governador Ricardo Coutinho (PSB) alfinetou nesta sexta-feira (18), os deputados que têm travado batalhas na Assembleia Legislativa em busca de holofotes sobre a crise hídrica em Campina Grande e região. Ele taxou esses parlamentares de serem ignorantes ou usarem de má fé e destacou que os projetos apresentados como solução à falta de abastecimento são ‘fora da realidade’.
“Ficam espalhando coisas para criar pânico visando somente disputa política. Mais preocupados que esses, estamos nós, trabalhando para que a solução chegue. Os outros além de não trabalhar ficam espalhando pânico, mas cada um dá o que tem”, concluiu.
Coutinho afirmou que as críticas e polêmicas levantadas em torno da falta d’água não o atingem, pois, de acordo com o gestor, a verdade não está sendo debatida. “Não tem essa coisa de fazer adutora para um lugar que não existe água. Demoraria dois anos, quando em seis meses você pode ter água aqui (através da transposição)”, disse.
“Não posso estar discutindo com pessoas que por ignorância ou má fé estão dizendo que em janeiro Boqueirão não vai ter mais água. O açude tem 20 milhões de m³, para Boqueirão não é nada, mas dá para seis meses de abastecimento. É o período analisado para que a água chegue em Monteiro onde vai encontrar as obras (do governo do estado) e não vai nem precisar encher os açudes, assim que chegar na cidade em 11 dias já está em Boqueirão”, explicou.
Para Ricardo, as soluções apresentadas estão fora da realidade e criticou quem fica alimentando esse tipo de ‘mal estar coletivo’ com dúvidas. Ele alfinetou ainda os “que tiveram tanto tempo para fazer e ao contrário, até os canos de Acauã desapareceram”. Coutinho disse que não se pode alimentar boato e lamenta que “quem representa o mandato eletivo ou ocupa cargo público precisa ter compromisso em bem informar a população e não alarmar”, disse.
Além disso, o governador ainda mandou esses parlamentares estudarem, alertando ainda que quando não se sabe de uma coisa, questiona, mas que o secretário João Azevedo foi na Assembleia e ninguém questionou.
O governador lembrou que as duas saídas viáveis agora são a chuva ou a conclusão da transposição. “Não existe outra coisa, se existisse estaríamos fazendo”, afirmou apontando que não há como pegar água, dessalinizar do mar, para levar a CG.
“Demoraria dois anos para fazer isso. Dependemos da obra federal. A parte do estado está totalmente dentro do cronograma, a federal também, o ministro tem feito ações permanentes sobre isso”, concluiu.
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