Por unanimidade, STF torna réus mais sete acusados na trama golpista

Por unanimidade, a Primeira Turma do STF tornou réus na tarde desta terça-feira, 6, mais sete denunciados pela tentativa de golpe de Estado.

No novo julgamento, os cinco ministros da Primeira Turma analisaram as acusações contra integrantes do chamado “Núcleo 4” da denúncia de Paulo Gonet. São eles:

  1. Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva;
  2. Ângelo Martins Denicoli, major da reserva;
  3. Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente;
  4. Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel;
  5. Reginaldo Vieira de Abreu, coronel;
  6. Marcelo Araújo Bormevet, policial federal;
  7. Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal.

Esse grupo, segundo a acusação, foi responsável por propagar desinformação nas redes de modo a desacreditar o sistema eleitoral brasileiro e a credibilidade das urnas eletrônicas, além de atacar oficiais das Forças Armadas que não aderiram ao passeio golpista pretendido no governo passado.

Uma das suspeitas é de que a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Palácio do Planalto tenham sido utilizadas para avançar nos objetivos golpistas de gerar instabilidade social e intimidar quem se colocasse como contrário ao plano.

Os ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia analisaram a denúncia da PGR que indica a prática de cinco crimes pelos investigados: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência, grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

O julgamento seguiu o mesmo roteiro das sessões passadas. Lido o relatório de Alexandre de Moraes, houve a fala pela acusação do procurador-geral Paulo Gonet. Depois, falaram os advogados de defesa. Na sequência, os ministros analisaram pedidos dos defensores e, por fim, apresentaram seus votos.

Depois de receber fortes críticas por ter lacrado celulares de advogados e jornalistas que acompanhavam o último julgamento, a Primeira Turma vai liberar o uso do aparelho.

Com Veja

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