
Os paraibanos que estão presos em Brasília desde o último domingo (8), após participação em atos golpistas, tentam sair do cárcere privado para uma prisão preventiva com cautelar. Dessa maneira, eles poderiam deixar a capital e ficar em prisão domiciliar ou serem monitorados pela tornozeleira eletrônica.
O advogado Ricardo Alvarenga, que representa todos os paraibanos que estão detidos no Complexo Penitenciário da Papuda, revelou que fez reuniões para mudar a situação. Após conversas com o Ministério Público Federal (MP), o órgão acatou a pedido e relatou que não enxerga potencial ofensivo tão grande dos presos, concordando com a mudança de encarceramento.
Ricardo adiantou que a decisão será encaminhada para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator das investigações dos atos terroristas em Brasília. Ele também explicou como esse processo está ocorrendo.
“As pessoas seriam liberadas com a tornozeleira desde que cumprisse um rol de exigências do Ministério Público. Ele acatou oralmente, porque tem processo que não tem nem número. Você entra lá na sala e não atribui o número. A gente não pode jogar laudo dentro, juntar petição porque não tem número”, relatou o advogado.
“Os juízes ficam literalmente como escrivães, porque tiraram o livre-arbítrio dos juízes julgar. Na verdade, eles estão lá só ouvindo, para relatar e mandar para Alexandre de Moraes”, disse Ricardo Alvarenga.