A desembargadora Maria de Fátima Maranhão, presidente do TRE-PB (Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba) revelou que a Paraíba é o Estado ondem mais se julga casos de fraude em cotas de gênero na política.
A fala da desembargadora se deu durante o III Encontro Nacional de Magistradas Integrantes de Cortes Eleitorais, evento que reuniu ministras, desembargadoras e juízas de todo o país, no Salão Nobre do edifício-sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
De acordo com Fátima Maranhão, primeira convidada da mesa a falar, o Brasil está muito longe de atingir a igualdade entre homens e mulheres, destacando que “a Paraíba é o Estado que mais julga casos envolvendo fraude no lançamento de candidaturas femininas”. Segundo ela, de 20 (vinte) processos analisados pelo Regional, em 12 (doze), foi reconhecida a fraude na cota de gênero.
O encerramento do evento contou com a presença do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes; do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves; do diretor da Escola Judiciária Eleitoral, Carlos Horbach; do ministro André Ramos Tavares; e do presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Frederico Mendes.
O ministro Alexandre de Moraes destacou que é importante verificar que a Justiça Eleitoral (JE) começa a ter mais mulheres em todos os Estados. “A Justiça Eleitoral não pode simplesmente exigir, cobrar que se cumpra a cota de gênero, que se impeça a fraude de gênero, e deixar de dar o exemplo”, afirmou.
O presidente da AMB destacou que, no campo eleitoral, o TSE tem feito um esplendoroso trabalho no combate á violência política contra a mulher, que é uma das principais barreiras de inclusão feminina nos espaços de poder. Mendes finalizou reafirmando o compromisso de parceria da AMB em busca de caminhos sólidos para a igualdade de gênero no Poder Judiciário em todo o país.
Com Portal da Capital