“Não quero um amigo, quero um ministro” diz Lula sobre STF

O presidente Lula (PT) disse nesta segunda-feira, 12, durante viagem à Itália, que o próximo indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) devera ser “uma pessoa gabaritada”.

Durante entrevista coletiva, o petista afirmou que não quer “um amigo”, e sim “um ministro da Suprema Corte”.

“Veja, indicar o ministro da Suprema Corte, ou uma ministra, é uma tarefa eminentemente do presidente da República. O que foi precipitado, que não estava previsto, foi o ministro [Luís Roberto] Barroso, sabe, se afastar com tanta rapidez. Eu imaginava que ele ia se afastar, mas imaginava que fosse demorar um pouco mais. Ora, na hora que ele se afastou, eu agora vou pensar em quem indicar e como indicar. Eu quero uma pessoa — não sei se mulher ou homem, não sei se preta ou branca — eu quero uma pessoa que tenha atitude, uma pessoa que seja antes de tudo uma pessoa gabaritada para ser ministra ou ministro da Suprema Corte. Eu não quero um amigo, eu quero um ministro da Suprema Corte que terá como função específica cumprir a Constituição brasileira.

É essa a qualidade que eu quero. É essa a única que eu quero. É isso. E foi assim com todos os ministros — ou ministras — que eu indiquei até agora. E vai continuar sendo assim. Quando eu chegar ao Brasil, sabe? Eu vou conversar com muita gente no meu governo e vou tomar uma decisão, e anunciar quem é que eu vou mandar para ser, sabe, promulgado pelo Senado.

Barroso

Lula deverá indicar um nome para a vaga do ex-ministro Luís Roberto Barroso, que antecipou sua aposentadoria na última quinta, 9.

O magistrado fez um discurso de despedida, se emocionando em diferentes momentos.

“Por 12 anos e pouco mais de três meses ocupei o cargo de ministro deste Supremo Tribunal Federal, tendo sendo presidente nos últimos dois anos. Foram tempos de imensa dedicação à causa da Justiça, da Constituição e da democracia. A vida me proporcionou a benção de servir ao país, retribuindo o muito que recebi, sem ter qualquer interesse que não fosse fazer o que é certo, justo e legítimo para termos um país maior e melhor”, declarou.

“Ao longo desse período, enfrentei e superei dificuldades e perdas pessoais. Nada disso me afastou da missão que havia assumido perante o país e minha consciência de dar o melhor de mim na prestação da Justiça”

Com O Antagonista

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