Segundo Conselho Tutelar, um termo de responsabilidade foi feito nesta segunda-feira (12) e a guarda provisória da criança de 7 anos ficará com uma tia
O menino de 7 anos de idade que era torturado pela sua própria mãe e o padrasto recebeu alta após um mês internado no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, no Agreste da Paraíba. De acordo com a unidade hospitalar, a criança foi entregue no sábado (10) ao Conselho Tutelar de Boqueirão, cidade onde reside.
Segundo o Conselho Tutelar, uma audiência foi realizada nesta segunda-feira (12) e um termo de responsabilidade foi assinado para que um tia do menino ficasse com a guarda provisória dele. Ele será acompanhado por um psicólogo. O Trauma ainda informou que a criança estava fisicamente bem.
O menino de 7 anos passou por uma cirurgia plástica reparadora no dia 22 de julho. De acordo com a direção da unidade hospitalar, a reconstrução do couro cabeludo aconteceu com sucesso e a criança está bem.
O enxerto feito a partir de um fragmento de pele retirado da coxa serviu para fechar uma área de cinco centímetros que não cicatrizaria sem a ajuda da intervenção. Apesar do reparo estético e funcional, a área enxertada não será capaz de produzir cabelo.
Mãe e padrasto presos
A mãe e o padrasto do menino de 7 anos foram presos na manhã do dia 18 de junho, na cidade de Boqueirão, no Cariri da Paraíba. A mãe, Maria Aparecida Souza Silva, foi encaminhada para o Presídio Feminino de Campina Grande, enquanto o companheiro dela, Edilson Cosme Albuquerque, padrasto da vítima, foi encaminhado à Penitenciária Padrão de Campina Grande.
Entenda o caso
Velas, fios, cigarros e até pedaços de madeira. Esses eram os materiais utilizados pela mãe e pelo padrasto nas sessões de tortura a que era submetido o menino de 7 anos encontrado com sinais evidentes de maus-tratos e agressões na cidade de Boqueirão, no Cariri da Paraíba.
Segundo o delegado do caso, Iasley Almeida, a criança também passava fome e às vezes era acorrentada como forma de castigo. A situação só foi descoberta quando os professores do garoto desconfiaram do comportamento dele na escola.
Com Portal Correio