Mãe de adolescente que passou pelo primeiro transplante cardíaco pediátrico na PB já havia perdido um filho: ‘Entrei na UTI e vi vida’

João Pedro Pereira Barbosa, de 14 anos, foi o primeiro paciente pediátrico a receber um transplante de coração na rede estadual de saúde da Paraíba. O caso aconteceu na última sexta-feira (21), através de uma cirurgia feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A mãe do adolescente, Carla Pereira Barbosa, disse ao g1 que a luta pela vida do filho significou muito, porque ela já havia perdido uma criança anteriormente, também por problemas de saúde.

“Ao chegar aqui no hospital eu me emocionei porque eu já já perdi uma filhinha, devolvi, não perdi, devolvi uma filhinha a Deus inclusive nessa mesma data, no dia 24. Eu entrei numa UTI pra me despedir de minha filha e, hoje, nesse dia 24, eu entrei novamente e vi vida no meu filho. E isso hoje me deixou muito emocionada e muito grata a Deus. Deus é tudo na minha vida. Eu sou grata a Ele por esse milagre. João Pedro é um milagre”, ressaltou.

O paciente que recebeu o transplante de coração é acompanhado pelos médicos desde os 13 anos. Ele possui displasia arritmogênica do ventrículo direito, uma doença genética que provoca infiltração de gordura no músculo cardíaco, podendo causar arritmias graves e insuficiência cardíaca.

A ação do transplante foi realizada no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade do Governo da Paraíba gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), em Santa Rita. Atualmente, o garoto está na fase de recuperação.

A mãe de João Pedro conta que a batalha pela vida do filho começou desde a gravidez, isso porque os médicos que atenderam ela na época do nascimento tratavam a gestão como sendo de risco. No entanto, graças ao acompanhamento médico, ela conseguiu ter o filho.

Mesmo após o nascimento, no entanto, a vida de João Pedro não foi fácil, como relata a mãe. Antes do transplante o menino enfrentava problemas respiratórios por conta do problema no coração e, por conta disso, não conseguia realizar os afazeres de crianças daquela idade, como ir à escola, por exemplo.

Depois de tomar conhecimento do que se tratava a doença e de fazer tratamento medicamentosos, mesmo assim, a criança apresentava problemas gradativos de saúde, que não apresentavam melhoras com o decorrer do tempo.

“Ele não estava mais frequentando a escola. Ele ficava cansado até para ir tomar banho, até para ir no banho, ele ficava cansadinho (…) Ele já vinha fazendo o tratamento há mais de ano e mesmo assim estava ficando cansado, não estava conseguindo mais ir para a escola”, disse.

O tratamento que a mãe cita foi realizado em Itaporanga, uma cidade próxima ao município de Santana dos Garrotes, também no Sertão. Por lá, ela explicou que esse prévio tratamento era um implante de um desfibrilador acompanhado de medicação. Sem resultados significativos com isso, surgiu a ideia do transplante.

Paraíba Mix

Com G1 PB

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