Justiça acata pedido do MP e manda soltar policiais investigados por chacina, na Paraíba

A Justiça da Paraíba acatou o pedido do Ministério Público do estado (MPPB) e mandou soltar cinco policiais suspeitos de uma chacina, no dia 15 de fevereiro, em Conde. Os militares haviam sido presos preventivamente no dia 19 de agosto.

Na ação, o MP justificou que esse será um processo de longa duração. Por isso, pediu que os cinco presos respondessem em liberdade e com o uso de cautelares.

“Considerando a gravidade dos crimes investigados (homicídios qualificados e fraude processual), a condição funcional dos investigados (policiais militares) e os riscos concretos de reiteração delitiva ou de interferência na instrução processual, mostra-se necessária a imposição de medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do art. 319 do Código de Processo Penal. Tais medidas visam assegurar a ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal, sem impor a restrição máxima da liberdade quando não mais se justifica a prisão provisória em sua modalidade temporária”, afirmou a juíza Lessandra Nara Torres Silva na decisão.

Os policiais foram soltos e devem cumprir as seguintes medidas cautelares:

  • Uso de tornozeleira eletrônica;
  • Afastamento imediato do serviço operacional (policiamento ostensivo ou tático);
  • Proibição de manter contato com familiares das vítimas, testemunhas e demais investigados;
  • Proibição de frequentar localidades próximas às residências das vítimas e seus familiares, complementando a medida de monitoração eletrônica;
  • Recolhimento domiciliar no período noturno, das 20h às 5h do dia seguinte, e nos dias de folga;
  • Comparecimento mensal em juízo;
  • Proibição de se ausentar da comarca de suas residências por mais de 10 dias sem autorização da justiça.

A Justiça também acatou o pedido para converter em preventiva a prisão de um dos policiais que está fora do país e não se apresentou.

PARAÍBA MIX

Com MaisPB

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