
Como o impeachment da Presidente Dilma Rousseff, ocorrido em agosto de 2016 poderia ter alguma interferência nas eleições municipais de 2020? Vamos refletir.
Não é novidade para ninguém que o impeachment da ex-presidente Presidente Dilma Rousseff foi consolidado por intenções políticas. Isso foi admitido por dezenas de deputados que não escondiam que Dilma iria cair pela “mal relação” com o Congresso e não pelas pedaladas fiscais.
A história todos já conhecem, mas não custa nada lembrar que setores que se sentiam desprestigiados pela presidente se juntaram a diversos partidos de oposição e iniciaram um processo de desgaste do governo – que naquele momento nem precisava de adversário pra isso – culminando com a retirada da Presidente eleita pelo voto popular e dando lugar ao vice, Michel Temer.
Toda essa história serviu para mostrar que se obtendo o apoio político fica fácil derrubar uma presidente eleita, imagine um prefeito (a). O reflexo disso é que em várias cidades os pré-candidatos a prefeito estão pensando duas vezes antes de escolher seus companheiros de chapa, pois o mecanismo do impeachment foi banalizado e o que antes era um instrumento do século passado – período da história que Collor era visto como a salvação do Brasil – hoje se tornou uma discussão normal em qualquer corredor dos parlamentos mirins Brasil à fora.
Antes, um bom vice precisava ter dinheiro ou voto. Depois de 2016 a classe política aprendeu que também é necessário avaliar se o companheiro de chapa tem confiança e possibilidade de proximidade com a oposição.
Se não pensar duas vezes o pré-candidato a prefeito pensa que escolheu um José Alencar e só depois descobre que na verdade se tratava de um Michel Temer.
Júnior Queiroz é radialista e Diretor do Portal Paraíba Mix