Jornalista analisa cenário político da PB: “De tanto bater cabeça oposição anda tonta”

O jornalista Clóvis Gaião em novo artigo analisou o atual cenário político que envolve os bastidores das eleições 2018 na Paraíba.

Confira o artigo:

De tanto bater cabeça oposição anda tonta

Escrevi no dia 31 de janeiro deste ano que a oposição ao governo do Estado andava batendo cabeça e me parece que de tanto bater anda tonta, principalmente após o “fico” do prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PSD). Precavido, Luciano Cartaxo observou algo que os mais atentos perceberam há alguns meses atrás, que estava sendo fritado pelo PSDB e até por figuras do seu próprio partido, o PSD que, aliás, não pode ser chamado de seu e anuncia que assumirá o comando do Partido Verde na Paraíba que pertence a base de apoio do governador Ricardo Coutinho.

Enquanto o senador Cássio parecia estimular a candidatura de Luciano ao governo, deputados do clã Cunha Lima defendiam o nome do prefeito de Campina Romero Rodrigues na mídia, gerando uma fragilização do alcaide de João Pessoa. E o senador José Maranhão (PMDB), por outro lado, vinha conversando constantemente com Romero que se mostrava disposto a disputar o governo e outras forças da oposição sempre na perspectiva de isolar Cartaxo.

Na prática, os caciques da oposição conversam, conversam, mas a peso de hoje sofre grave crise de identidade com a ausência de um nome que unifique o grupo e represente um projeto administrativo consistente para a Paraíba. Só para bagunçar ainda mais o coreto, os tucanos e os fiéis escudeiros dos Cunha Lima, Rômulo Gouveia e Manoel Ludgério se reuniram e decidiram fazer com que Luciano voltasse atrás e disputasse o governo, ao mesmo tempo que, trabalham um “plano P” apresentando Pedro Cunha Lima como opção nova para o governo.

Por outro lado, o pré-candidato ao governo João Azevedo (PSB) dá passos largos ao lado do governador Ricardo Coutinho entregando obras e serviços de João Pessoa a Cachoeira dos Índios ampliando a sua base de apoio partidário levantando a bandeira da continuidade do projeto político administrativo vivenciado na Paraíba. Como reflexo da operação fritura a Cartaxo se abre uma perspectiva de reabertura de diálogo com o prefeito Luciano Cartaxo e o grupo liderado pelo governador Ricardo Coutinho.

Até o dia 7 de abril certamente “muita água vai passar por debaixo dessa ponte” e algumas incógnitas serão respondidas, tais quais: Luciano Cartaxo deixa a prefeitura para disputar o governo? Ricardo Coutinho resolve o impasse com Lígia Feliciano e deixa o governo para concorrer o Senado ou fica no comando do executivo estadual? E Cartaxo continua na oposição ou compõe com o governo do Estado e emplaca o seu irmão Lucélio, com boas chances, para uma das vagas no Senado? Maranhão conseguirá unificar a oposição ou Pedro Cunha Lima ficará com essa tarefa?

Continuo a bater na mesma tecla de que falta um projeto, um rumo, uma cara para a oposição da Paraíba, que anda murcha, confusa e meio tonta. Principalmente diante da clarividência de vivermos em um Estado muito melhor se comparado ao de 7 anos atrás com grandes avanços na sua infraestrutura, saúde, equilíbrio fiscal e financeiro e, principalmente, na educação que é o grande pilar da nossa democracia. Alguém já parou pra pensar o que poderíamos estar vivenciando se não fosse a seriedade e austeridade com as contas públicas foram tratadas durante os governo de Ricardo Coutinho? O povo, que mais do que nunca será o grande juiz, acompanha atentamente as movimentações e não se furtará a decidir nas urnas sobre o presente e o futuro da Paraíba.

COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA

Facebook
Twitter
WhatsApp