Em meio ao luto, Gilberto e Flora Gil enviaram uma notificação extrajudicial à Diocese de Campina Grande, na Paraíba, exigindo retratação pública e punição ao padre Danilo César. O motivo: durante homilia transmitida ao vivo, no fim de julho, o sacerdote chamou religiões afro-brasileiras de “forças ocultas” e ironizou a fé de Preta Gil e de seu pai, ao insinuar que os orixás não teriam “ressuscitado” a cantora.
Para a família, além de ferir a liberdade religiosa, as declarações atingiram de forma cruel a memória da artista, transformando um momento de dor em cenário de intolerância. Até o momento, nem a diocese nem o padre se pronunciaram publicamente sobre o caso.
A notificação cobra retratação pública, responsabilização eclesiástica e resposta em até dez dias, sob pena de medidas judiciais, de ordem cível ou criminal.
Diz a notificação:
“Passados mais de 15 dias do fato, não houve manifestação pública ou qualquer comunicado feito à família com intuito de retratação das graves ofensas. Com todo respeito, а omissão de Vossa Excelência Reverendíssima e de Vossa Reverência contribui para perpetuar o estado de desrespeito à família, à memória da Sra. Preta Gil e às religiões de matrizes africanas.”
O Globo