
O governador João Azevêdo (PSB) foi diplomado na noite desta segunda-feira (19) durante solenidade realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) no Centro de Convenções, em João Pessoa.
Ao iniciar o discurso, João exclamou: “Bem-vindos ao futuro!”.
O gestor ainda parabenizou o trabalho da Justiça Eleitoral na realização do pleito deste ano e se referiu ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, como “guardião da lei”.
O governador conclamou a união dos eleitos e diplomados, independente da linha política ou partidária. “A Paraíba precisa ser uma só. Com harmonia entre o Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Imprensa e sociedade”, frisou.
“P” monumental.
Isso só seria possível – é sempre adequado frisar – porque desde os primeiros dias de janeiro de 2019 o Governo do Estado trabalhou em prol da sustentabilidade, com vistas ao equilíbrio das contas públicas, passando a investir em programas que valorizassem vidas ao invés de votos.
Foi assim, por exemplo, que surgiu o “Opera Paraíba”, zerando a vergonhosa fila de cirurgias, garantindo vida onde abundava dor. Uma aliança inusitada entre vontade política e governança humanizada. Necessidade, possibilidade e meios – simples assim.
Como nosso país voltou ao triste mapa da fome, tivemos também que aumentar o número de restaurantes populares e criar o programa “Tá na Mesa”, implantados para combater vulnerabilidades sociais e impulsionar a micro economia rural e urbana, sufocada e sem alternativas em meio à pandemia e a crise econômica. O indistinto atendimento, sem acordos ou ardis, restabeleceria na população a confiança na esquecida isonomia governamental.
Foi assim com creches, com escolas técnicas e em tempo integral, com hospitais, com policiamento ostensivo e qualificado, com habitação, com pontes, com estradas, com travessias urbanas, com geração de emprego, com turismo, arte, artesanato e cultura. Com carinho e respeito. Em todo lugar, a todo tempo, sempre que necessário.
O Estado deve estar aonde a população bradar ou acenar. A partidarização de flagelos – cremos nisso – está definitivamente banida da Paraíba.
Novos ventos geram novas ondas. Quem diria, por exemplo, até bem pouco tempo, que os municípios do interior do Estado seriam capaz de decidir uma eleição majoritária na Paraíba? A hegemonia dos grandes centros parecia inexpugnável, até a disseminação de gestos concretos e pactuações sociais sem notas promissórias eleitorais. Atendidos nas demandas básicas, com o reforço diretivo do Orçamento Democrático, os eleitores das pequenas e médias cidades paraibanas decidiram assumir o protagonismo dos próprios destinos, embarcando na nave da maioria e estabelecendo uma rota alternativa até o porto mais seguro.
Definitivamente, tendo como base o espectro federativo, somos um Estado com 223 municípios, plenos em seus direitos, diferentes em suas necessidades. A distribuição das riquezas geradas pelo Estado tem que chegar até essa população sem interrupções, melhorando a qualidade de vida e evitando a migração socialmente desagregadora. É essa distribuição proporcional, equilibrada, que garante o desenvolvimento coletivo.
Na condição de governador reconduzido ao cargo, responsável pelo comando executivo da Paraíba, conclamo as senhoras e senhores parlamentares, legítimos representantes das inúmeras regiões da Paraíba, a não deixarmos esmorecer a energia e os sonhos que nos impulsionaram até aqui. Juntemo-nos ao Poder Judiciário, Legislativo, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas do Estado e aos órgãos reguladores para que possamos, pelos próximos quatro anos, assegurar independência de ação e união de propósitos. A harmonia institucional – vimos isso acontecer – é essencial para o desenvolvimento do Estado. A ruptura – também vista, em outros níveis e épocas – corrói as estruturas e desmorona a sociedade.
Convoquemos todos os partidos, aliados ou não. A democracia passa por eles. Ouçamos os trabalhadores, o empresariado, estudantes, professores, a comunidade religiosa, a sociedade civil.
Celebremos um pacto de governança, tendo a população como único e exclusivo sentido em nossas tarefas.
Quem teve a oportunidade de acessar nosso plano de governo, registrado na Justiça Eleitoral e propagado durante a campanha, pode verificar a apresentação de três eixos programáticos, destacando ações que estabeleçam um novo ciclo de políticas públicas na Paraíba, valorizando o contexto sócio econômico, com práticas interligadas de governança, sustentabilidade e inovação.
Precisamos atuar com inteligência emocional para contornar os impactos da pandemia e da crise, e seus reflexos em todos os setores, principalmente na saúde, na educação, no emprego e na produção, no campo e na cidade.
Esse documento, senhoras e senhores, será nosso manual administrativo, nosso mantra cotidiano, nosso cronograma gerencial. Está tudo lá, em linhas gerais. Esmiuçemos ao longo dos nossos mandatos. É recomendável, portanto, que aliados, opositores e a sociedade organizada se familiarizem com as temáticas, abastecidos com elementos concretos para interagirem, fiscalizarem e cobrarem na medida certa. Afinal, esta foi a proposta escolhida pela maioria, nos cabendo respeitar e implementar.
Esses mesmos princípios, asseguro às senhoras e senhores, estarei partilhando com os governadores nordestinos, na condição de presidente do Consórcio Nordeste, escolhido a poucos dias, em lisonjeira deferência dos colegas eleitos e reeleitos da região, em reconhecimento ao desempenho da Paraíba no equilíbrio fiscal e no equilíbrio administrativo. A integração regional, numa pactuação entre os vários “brasis”, será a maneira mais rápida para sairmos juntos da crise e retomarmos a marcha do desenvolvimento, com democracia plena e justiça social.
Se pudemos fazer muito por nosso estado por quatro anos de tratamento injusto com o Nordeste e com o povo paraibano advindos de Brasília, imaginem agora, com Luiz Inácio Lula da Silva, quando teremos um presidente amigo, parceiro e que conhece a dor e a dificuldade que nós, nordestinos, enfrentamos, mas que não nos curvarmos nunca. É como diria o poeta Walter Franco:
“Tudo é uma questão de manterA mente quietaA espinha ereta E o coração tranquilo”.
E é com esse pulsante coração, absolutamente tranquilo, o que tenho a dizer à Paraíba neste momento de regozijo, no cumprimento solene desse rito processual, em atendimento à orientação democrática das constituições federal e estadual.
Continuamos um povo livre, avesso às aventuras autoritárias e demagógicas.
Por fim, quero agradecer ao povo paraibano, pela honraria da escolha; agradecer ao meu partido, o PSB, nas pessoas dos presidentes nacional e estadual, Carlos Siqueira e Gervásio Maia, pela confiança e empenho nessa luta que não cessa; agradecer aos companheiros e companheiras de gestão, na pessoa da vice-governadora Lígia Feliciano, que me ajudaram, com empenho e arrojo, a manter o Estado equilibrado e em permanente crescimento.
Agradecer a todos os partidos integrantes da coligação “Juntos pela Paraíba”, que, juntamente a uma militância alegre e aguerrida, no primeiro e segundo turnos, acreditaram em nosso projeto e nos ajudarão a governar; agradecer ao novo vice-governador diplomado Lucas Ribeiro, cujas energia, juventude e competência darão impulso e proatividade à gestão.
Agradecer às lideranças comunitárias, aos vereadores e prefeitos, que emprestaram à campanha o papel moderador entre candidatos e eleitores; agradecer aos candidatos e candidatas, vitoriosos ou não, que contribuíram com o fortalecimento do processo democrático; agradecer à colaboração e vigilância dos parlamentares, estaduais e federais, em nome da deputada Pollyanna Dutra, que soube enfrentar a batalha com a fibra característica do bravo povo sertanejo.
À minha família, um agradecimento especial. À minha esposa, Ana Maria, aos filhos, netos, irmãos, parentes e amigos mais próximos, gratidão redobrada pela compreensão, empenho e cumplicidade na árdua e edificante jornada até aqui. Minha retribuição será sempre na forma de afeto, cuidado e muito trabalho.
A Deus, além de agradecer pelas bênçãos recebidas, reafirmo os meus compromissos cristãos, solidário e humano, posturas que sempre nortearam meus passos na vida pública e privada.
Para finalizar, senhoras e senhores, devo reiterar a expectativa em conduzir à Paraíba no rumo apontado por 1.221.904 paraibanos e paraibanas, representando mais de 4 milhões de conterrâneos, passando a configurar um só povo, um só governo, um só Estado, cuja maior obra será levar melhorias na qualidade de vida das pessoas.
Conto com vocês para alcançar esses objetivos. Estamos juntos de novo, em contagem regressiva para o êxito coletivo.
Obrigado!
JOÃO AZEVÊDO LINS FILHO
– Governador
MaisPB