Cidades do Cariri e Curimataú estão em colapso devido a escassez de água

As cidades de Amparo, no Cariri, Barra de Santa Rosa e mais 5 cidades do Curimataú paraibano estão em situação de colapso por causa da escassez de água, em consequência da seca. Nessas cidades, os mananciais estão abaixo do nível mínimo de sua capacidade e o abastecimento de água pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) acabou suspenso devido a condição hídrica crítica.

Além das cidades do Curimataú: Damião, Algodão de Jandaíra, Riachão, Tacima e Dona Inês, outros 21 municípios foram atingidos pela mesma situação:  Boa Ventura, Triunfo, Diamante, Carrapateira, Bernardino Batista, Riacho dos Cavalos, Teixeira, Emas, Matureia, Riacho Santo Antônio, Aroeiras, Gado Bravo, Sôssego, Puxinanã, Nova Palmeira, Picuí, Frei Martinho, Nova Floresta, Cuité, Areial, Montadas

O coordenador da Defesa Civil da Paraíba, George Sabóia, explica que nesses municípios o abastecimento passou a ser realizado através de carros-pipa ou poços artesianos. “É uma realidade crítica, infelizmente. O reservatório quando perde a sua capacidade de abastecimento, a situação torna-se delicada e medidas provisórias são tomadas, a exemplo do que acontece atualmente com o uso de carros-pipa e a perfuração de poços artesianos”, disse.

Ainda de acordo com o coordenador, o agravamento do processo de escassez de água no estado ocorre em consequência do período de estiagem, com chuvas abaixo da média nos últimos seis anos. “Estamos no sexto ano de uma escassez de água gigantesca em nosso estado. As chuvas durante esse período foram poucas e não supriram a necessidade dos mananciais. Além do aspecto hídrico crítico, existe ainda, a condição da alta temperatura que contribui para a evaporação mais rápida da água. Todos esses fatores contribuem diretamente para o agravamento da situação”, ressaltou

Segundo meteorologista, Marle Bandeira, da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), o cenário seco no estado só deve mudar em 2018. “O segundo período do ano é sempre considerado o mais crítico, porque as chuvas geralmente se concentram durante os primeiros meses. O cenário seco nos municípios paraibanos só deve mudar durante o primeiro trimestre do próximo ano, no entanto, ainda não há uma previsão de chuvas”, enfatizou.

Paraíba Mix

Com Jornal da Paraíba

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