O deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL) voltou a criticar duramente a atuação da Polícia Federal nesta quinta-feira (16), após ter sido indiciado por calúnia e difamação. Durante entrevista, o parlamentar alegou que a decisão representa um exemplo claro de perseguição contra parlamentares da oposição ao governo Lula.
“Eu e o deputado Marcelo Van Hattem fomos vítimas da Polícia Federal do Lula. Hoje, temos duas Polícias Federais. A Polícia Federal de Estado e a Polícia Federal política, que comete ilegalidades uma atrás da outra, e com provas concretas”, afirmou.
O parlamentar se referia ao inquérito aberto depois de um discurso feito na tribuna da Câmara, quando ele e Van Hattem acusaram o delegado da PF Fábio Shor de agir de forma irregular. As falas foram baseadas em informações divulgadas por autoridades dos Estados Unidos, que segundo os deputados, comprovariam que ex-assessor especial da Presidência da República, Felipe Martins, não estava em solo americano na ocasião investigada.
“Com a nova ação do governo americano através da imigração, com provas concretas de que Felipe Martins não estava nos Estados Unidos, elaboramos o nosso discurso e denunciamos o delegado. Daí, em vez da Polícia Federal de Estado agir, a Polícia Federal de Lula, opressora da oposição, abriu inquérito contra quem? Contra os dois parlamentares que denunciaram”, criticou.
Cabo Gilberto também defendeu as prerrogativas parlamentares e classificou o indiciamento como um ataque ao voto popular. “A Constituição é muito clara quanto às nossas prerrogativas e à missão de fiscalizar o Poder Executivo. Isso não é uma proteção individual do Parlamento, é uma proteção do voto popular do povo brasileiro”, concluiu.
O caso ganhou repercussão em Brasília e motivou manifestações de outros parlamentares da extrema direita que são contrários ao indiciamento. Eles consideram que a investigação afronta a liberdade de expressão dos deputados e o direito constitucional ao exercício do mandato.
Com PB Agora