O golpe militar de 1º de abril de 1964 impôs o fim das eleições diretas para prefeito nas capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes. O último prefeito eleito na década de 1960 foi Domingos Mendonça Neto, em 1963. Damásio França foi o primeiro prefeito nomeado de João Pessoa.
Passados 21 anos do golpe, a Câmara Federal aprovou emenda constitucional restabelecendo as eleições e o eleitorado voltou a se mobilizar em uma campanha eleitoral marcada por um acordão celebrado entre lideranças vindas da UDN e do PSD.
Na época, os antigos pessedistas e udenistas já tinham passado pelo MDB e Arena (partidos que atuaram durante o regime) e estavam distribuídos entre PMDB, PDS e PFL, os principais partidos da época. Mas o pluripartidarismo estava de volta e aquelas eleições foram disputadas, também, por partidos como PT, PDT, PL, PSTU e PTB.
O acórdão reuniu lideranças como Humberto Lucena, Antônio Carneiro Arnaud (sobrinho do ex-senador Rui e Carneiro), Ronaldo Cunha Lima, José Joffily, Otacílio, entre outros políticos de procedência pessedista, que estavam no PMDB, e Wilson Braga, João Agripino Filho, Dorgival Terceiro Neto, Damásio Franca, e outros de advindos da UDN, que estavam no PFL. A aliança exitosa e elegeu o peemedebista Antônio Carneiro Arnaud para prefeito e João Cabral Batista (PFL) para vice.
A união PMDB-PFL derrotou o bloco liderado por Tarcísio Burity (PDS), que indicou seu cunhado, Gilvan Amorim Navarro, como candidato a vice na chapa encabeçada por Marcus Odilon Ribeiro Coutinho (PTB). Detalhe: Depois que a Arena foi extinta, surgiu o PDS, mas houve uma cisão, por causa do cenário nacional, que resultou na criação do PFL.
Outros candidatos que disputaram aquelas eleições foram Carlos Gláucio (PL), cujo candidato a vice foi Antônio de Pádua Ferreira de Carvalho; Wanderley Caixe e Anísio Maia pelo PT; Damião Galdino da Silva e Inácio Araújo Barbosa pelo PSTU; e Josélio Paulo Neto e Evandil Badeira pelo PDT.
com Portal COrreio