Chefe do Legislativo disse a um auxiliar de Fernando Haddad que ‘não aceitará que o governo jogue o povo contra o Congresso’
Presidente do Congresso, Davi Alcolumbre não se envolveu na batalha verbal entre Lula e Hugo Motta, nesta semana. Quis evitar a escalada da crise com o Executivo.
Em público, pregou pacificação, tratando como direito de Lula o recurso ao STF sobre o IOF e até ajudou o Planalto aprovando matérias que garantem receitas ao governo. Em privado, porém, o discurso foi outro.
Numa reunião com Dario Durigan, auxiliar de Fernando Haddad na Fazenda, Alcolumbre disse que “não aceitará que o governo jogue o povo contra o Congresso”, como vem fazendo numa campanha nas redes sociais.
“Essa coisa de ricos e pobres, de ‘nós contra eles’ tem que acabar”, avisou, fazendo referência ao movimento liderado pelo governo e pelo PT nas redes para estimular campanhas que atacam o Legislativo, como o “Congresso da mamata”.
Alcolumbre deixou claro que não deseja uma ruptura de interlocução com Lula e o governo, mas alertou o auxiliar de Haddad que vai defender o Parlamento, caso o governo siga atacando deputados e senadores nas redes. “Tudo tem limite”, disse.
Na terça, Lula bateu duro no Congresso, acusando o Legislativo de votar contra os interesses do país para beneficiar uma certa “indústria de lobby”. A seguir nesse caminho, o petista perderá logo, logo o pouco apoio que tem no Parlamento.
Com Veja