O procedimento que trata desde doenças complexas, até as mais simples, a ozonioterapia passou também a ser liberada para uso por profissionais da medicina, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionar a lei que autoriza o uso da ozonioterapia em todo o território nacional como um tratamento complementar. Muito conhecida no setor de estética, o tratamento já é usado desde a década de 70 no Brasil e já tem mais de dois séculos de existência.
A terapia, consiste na aplicação controlada de ozônio (O₃), gás composto de três moléculas de oxigênio, conforme disse em entrevista ao programa Arapuan Verdade, Jarbelly Leite, biofísica e uma das pioneiras da técnica na Paraíba. Ela destacou que a novidade com a nova lei é apenas para legalizar no ramo da medicina também. “Foi mais para liberar os médicos a usarem esse procedimento de forma legal, pois eles não eram permitidos”, lembrou ao dizer que diversos outros ramos já atuam com esse tratamento há décadas.
“Não é nada novo. São mais de 200 anos de estudo. Foi introduzida junto as práticas da medicina chinesa. Ela chegou no Brasil em 1975 e tem mais de 200 anos de estudos. É mais usado na estética, na medicina veterinária, conseguindo reverter vários quadros de doença. Trata desde dores a até doenças autoimunes, bem como rejuvenescimento, emagrecimento, entre outros”, destacou a especialista.
“A base dessa terapia é a melhora da oxigenação celular com estímulo ao sistema imunológico, combatendo microrganismos patogênicos”, reforçou.
Conforme a nova legislação, a ozonioterapia também deverá ser aplicada por meio de equipamento de produção de ozônio medicinal regularizado pela Anvisa. Vale lembrar que esse procedimento já é usado há décadas em tratamentos odontológicos, com ação antimicrobiana, quadros de inflamação, cáries, além de tratamentos de canal e ajuda no processo de reparação tecidual em caso de cirurgias. Na estética, a Anvisa autoriza o uso como auxílio à limpeza e assepsia de pele.