Número de ataques contra bancos na PB cai 53,9% em janeiro

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O número de ataques contra estabelecimentos bancários caiu 53,9% neste primeiro mês de 2016 em relação ao mês de janeiro do ano passado, na Paraíba. Segundo um balanço feito pelo Sindicato dos Bancários do Estado, em janeiro de 2015 foram contabilizados 13 casos e no mesmo período deste ano foram 6 ocorrências nas cidades de Guarabira, Cacimba de Dentro, Olho D’água, Olivedos, Juazeirinho e Fagundes.

A queda do número de ataques contra bancos no mês de janeiro vem ocorrendo desde o ano 2013, quando foram registrados 16 casos naquele mês, já em janeiro de 2014 foram 14 ataques.

Apesar do histórico de redução nas ocorrências do primeiro mês, a realidade é diferente em relação ao total de casos no ano. Para o presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Henrique, apesar da redução em janeiro, ainda não é possível fazer uma análise positiva da situação.

Entre 2013 e 2014, envolvendo arrombamentos, explosões, assaltos, tentativas e golpes do tipo “saidinha de banco”, houve uma redução de 10,1%, caindo de 129 ocorrências em 2013 para 116 em todo o ano de 2014. Já no ano de 2015 os casos gerais voltaram a subir 13,7%, chegando a 132 casos, o maior da história, considerando o período em que o levantamento começou a ser feito.

“Não dá pra fazer uma avaliação positiva por apenas um mês, quando a realidade é diferente se analisarmos um semestre ou ano. Existe uma tendência de que ocorram aumentos e reduções entre os meses, mas isso não diz se a violência está maior ou menor. Nossa preocupação é que os anos estão passando e não estamos vendo tanta energia dos órgãos de segurança pública para combater estas ações. E os bancos, em vez de investirem mais na segurança, estão ameaçando fechar as agências”, explicou ele.

Conforme Marcos Henrique, ainda neste mês de fevereiro, o sindicato vai enviar um ofício para a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), solicitando que sejam protocolados os pedidos de regulamentação de duas leis estaduais, que foram aprovadas e sancionadas, e tratam de melhorias e exigências envolvendo a segurança dos bancos no Estado.

O Secretário de Estado da Segurança e Defesa Social (Seds), Cláudio Lima, confirmou que o ano começou mais tranquilo, mas que essa redução é pequena e que a preocupação continua para os demais meses do ano.

“Não podemos comemorar a redução em um mês quando ainda temos o restante do ano. As ocorrências contra bancos têm nos preocupado muito, mas estamos preparados para combater essas ações”, disse ele.

Segundo ele, uma das inciativas adotadas pela secretaria no combate a estes crimes é a operação “Madrugão” da Polícia Militar, em que equipes especializadas realizam rondas específicas durante as madrugadas, com base em estatísticas e informações do setor de inteligência do órgão.

“Essas equipes também atuam com armamentos mais potentes, preparadas para trocar tiros com as quadrilhas. Essa experiência começou no Brejo paraibano em forma de teste e está sendo aplicada para todo o estado”, frisou Cláudio Lima.

Sobre a regulamentação de leis estaduais aprovadas, que exigem mais segurança nos bancos, o Secretário disse que já consultou o setor jurídico do Governo do Estado e deve realizar uma reunião neste período após o carnaval para buscar uma solução. “De fato essas leis estão apenas esperando a regulamentação e vamos em busca disso, pois os bancos também precisam se proteger mais”, disse Cláudio Lima.

Entre as modalidades de ataques contra bancos na Paraíba, as explosões com dinamites lideram as estatísticas desde 2012, quando foram registradas 42 explosões.

Em 2013, os casos aumentaram para 48, em 2014 passaram para 53 e no ano passado o levantamento fechou em 76 explosões. Neste ano de 2016, das nove ocorrências registradas até este domingo (14), seis foram explosões, uma foi assalto e as outras duas foram arrombamentos.

Segundo o presidente do sindicato dos bancários, Marcos Henrique, este tipo de ocorrência é o mais preocupa. “Falar de explosões não é tratar apenas de um ataque contra o estabelecimento bancário, mas também toda a população. Geralmente as quadrilhas atacam bancos nas cidades do interior, onde as agências e postos de atendimento ficam em áreas urbanas, com prédios vizinhos as residências”, disse ele.

 

com G1

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