A Justiça da Argentina autorizou a extradição de Antônio Neto e Fabrícia Farias, casal sócio-proprietário da Braiscompany. A Justiça Federal da Paraíba confirmou a informação nesta quarta-feira (3), e acrescentou que os dois ainda têm a possibilidade de recorrer da decisão em território argentino. Até o momento, não há previsão para o retorno do casal ao Brasil.
Antônio e Fabrícia estão presos desde fevereiro de 2024 no país, após um ano foragidos. O casal aguarda a conclusão do processo de extradição em prisão domiciliar. O Jornal da Paraíba não conseguiu localizar a defesa deles.
Relembre o caso Braiscompany
Os donos da Braiscompany estavam foragidos na Argentina desde que escaparam do Brasil ainda em 2023. De acordo com o delegado Guilherme Torres, Antônio e Fabrícia fugiram pela fronteira terrestre, diretamente para a Argentina. Para isso, usaram uma identidade falsa, a partir de documentos de parentes, que consentiram o uso da documentação pelo casal.
Eles foram presos a partir de uma colaboração entre a Polícia Federal e representantes da Interpol na Argentina. A prisão foi gravada. O vídeo do momento exato em que os condenados são presos foi divulgado pela ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, nas redes sociais.
Na postagem, a ministra escreveu que a “Argentina não é mais refúgio de delinquentes”, se referindo ao casal que estava foragido há 1 ano no país que faz fronteira ao Brasil.
A Braiscompany foi alvo de uma operação da Polícia Federal no dia 16 de fevereiro de 2023, que teve como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. As ações da PF aconteceram na sede da empresa do ‘casal Braiscompany’ e em um condomínio fechado, em Campina Grande, e em João Pessoa e em São Paulo. A operação foi nomeada de Halving.
A empresa, idealizada pelo casal Antônio Ais e Fabrícia Ais, era especializada em gestão de ativos digitais e soluções em tecnologia blockchain. Os investidores convertiam seu dinheiro em ativos digitais, que eram “alugados” para a companhia e ficavam sob a gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela locação dessas criptomoedas.
Além do ‘casal Braiscompany’, o caso teve outros 9 réus e um montante a ser reparado de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em dano coletivo.
Com Jornal da Paraíba






