Entre o altar e a urna: o caminho já escolhido por Padre Fabrício, por Júnior Queiroz

Às vésperas de mais uma eleição, o nome do padre Fabrício Timóteo volta a circular nos bastidores e nas manchetes da imprensa paraibana. Desta vez, a cogitação é ainda mais ousada: disputar uma vaga ao Senado Federal. O padre, que acaba de encerrar sua missão religiosa em Pernambuco após a diocese de Patos não renovar sua permanência por lá, está de volta à Paraíba. E, como em outras ocasiões, sua chegada desperta o imaginário político de muitos que sonham em vê-lo no palanque.

Não é de hoje que Fabrício Timóteo é lembrado como um “fenômeno religioso”. Sua popularidade ultrapassa os limites da fé e se converte em prestígio social, capaz de mobilizar multidões. Esse capital simbólico, naturalmente, desperta o interesse da classe política, sempre em busca de nomes com credibilidade e apelo popular. Não por acaso, seu nome já foi lembrado para disputar eleição em Patos, sua terra natal. Na eleição passada foram diversos convites para disputar uma vaga na Câmara Federal. Agora, alguns enxergam no padre a solução para compor uma chapa ao Senado.

Mas é preciso separar a vontade dos políticos da realidade de Fabrício. A verdade é que toda essa cogitação é unilateral, restrita ao campo político. O padre nunca demonstrou real desejo de entrar no jogo eleitoral. Pelo contrário, sua postura sempre foi a de reafirmar a missão que considera essencial: evangelizar, levar a palavra de Deus, conduzir espiritualmente os fiéis.

Assim, a ideia de ver Fabrício Timóteo na política nada mais é do que um desejo de setores da classe política, que sonham em capitalizar a credibilidade e o carisma de um líder religioso. Um sonho, contudo, que não vai se concretizar.

Porque, para além dos cálculos eleitorais, Fabrício já escolheu seu caminho e mesmo com as ingratidões recebidas da política diocesana, ele escolherá mais uma vez o caminho da fé, e não o da política partidária.

Em tempo – neste momento a grande dúvida que paira a vida do Padre Fabrício não é política, mas sim religiosa, pois a partir de agora, com seu retorno a Paraíba, para onde a Diocese de Patos lhe enviará? Uma coisa é fato, qualquer posição que soe “perseguição” não será bem aceita pela uma legião de fiéis católicos.

Júnior Queiroz
Apresentador e Editor-chefe do Portal Paraíba Mix

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