O senador José Maranhão (PMDB) é contra a realização de eleição direta em caso de afastamento do presidente Michel Temer (PMDB). Para Maranhão, é preciso respeitar o texto da Constituição, que prevê a realização de eleições indiretas em caso de afastamento a partir da segunda metade do mandato. O presidente do PMDB na Paraíba também defendeu cautela no julgamento das acusações contra Michel Temer e retorno na tramitação das reformas.
O Artigo 81 da Constituição prega que, ocorrendo a vacância dos cargos nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita 30 dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, ou seja, deputados e senadores elegem os novos presidente e vice. “Acho que a gente tem que se ater ao texto da Constituição. É o rito que nós temos que seguir”, defendeu Maranhão.
O senador reconheceu que o momento político atual é difícil, mas pediu prudência. “Vivemos um momento de muita dificuldade, indiscutivelmente, mas temos que ter prudência para aguardar o resultado das apurações para não cometer injustiças ou tomar posições equivocadas”, disse.
Questionado sobre o nome que poderia eventualmente suceder Temer, Maranhão afirmou que é difícil, mas não impossível. “É difícil encontrar um nome com as características que o momento exige, mas tem que surgir um nome, não é possível que o Brasil não tenha um nome para assumir o ônus desse momento. Ainda tem muito político decente. É preciso ser alguém que tenha competência para lidar com as necessidades atinentes à presidência, não é qualquer pessoa”, disse.
O peemedebista também defendeu que as polêmicas reformas Trabalhista e da Previdência voltem a tramitar normalmente no Congresso. “O congresso tem que se aperceber da sua responsabilidade e continuar com as reformas, porque eu vejo como um problema diferente. Não está havendo crise nas reformas. A crise é política, ética e moral”, disse.
com Blog do Gordinho