Oposição denuncia boicote de CPI na Câmara de Serra Branca

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Uma manobra de vereadores aliados ao prefeito Eduardo Torreão foi percebida e denunciada pelos vereadores Paulo Sérgio Barros (PSB) e Renan Mamede (PT). Pela segunda vez em menos de uma semana, os parlamentares governistas (exceção do vereador Diogénes Sales que relatou que esteve presente para a primeira reunião) faltaram à primeira reunião da comissão que investigará as supostas notas frias emitidas pela Secretaria de Serviços Urbanos de Serra Branca.

O encontro foi marcado para esta segunda-feira (16) à tarde e nem compareceram os vereadores ligados ao prefeito, que são a maioria, nem o presidente da Câmara, que na opinião do petista Renan Mamede pouco está se importando com a instalação da CPI, um importante instrumento de fiscalização e atuação do Legislativo.

Mesmo com o grupo politicamente dividido para as próximas eleições, os vereadores de situação parecem está afinados na estratégia de barrar a CPI, que investiga diretamente atos do prefeito Eduardo Torreão e do ex-secretário Sousinha, que recentemente rompeu com o prefeito dividindo seu grupo. Faltaram ao encontro os vereadores Reidrick Dias, Flávio Torreão e Diógenes Sales. Compareceram apenas os parlamentares Paulo Sérgio Barros (PSB) e Renan Mamed (PT).

Para Renan Mamede, a olhar os primeiros passos da CPI das Notas Frias, percebe-se claramente que os dois grupos são na verdade um só e sua postura será a de obstacular as investigações. O vereador disse, entretanto, que essa CPI tem uma característica que a difere das demais, pois quase toda a investigação já foi realizada pela oposição, a denúncia está no Ministério Público e a Câmara só precisará oficializar os culpados.

Renan criticou ainda a postura do presidente da Câmara, Hércules Holanda, que na sua visão está se omitindo da responsabilidade de incentivar o andamento dos trabalhos na Casa.

A CPI das Notas Frias na Câmara de Serra Branca nasceu da denúncia por parte da oposição de gastos exorbitantes com material de limpeza e construção por parte da Prefeitura de Serra Branca, através da Secretaria de Serviços Urbanos. O município gastou em dois anos (2013 e 2014) o equivalente a R$ 472.060,40 em compras de material cuja utilização não foi comprovada e que por isso são apontadas como pagamento de “notas frias” por parte da gestão Eduardo Torreão.

Recentemente o ex-secretário Sousinha ao conceder entrevista a Rádio Serra Branca FM confirmou que de fato alguns itens pagos com dinheiro da Prefeitura não foram realmente comprados e sequer seriam de seu conhecimento. Ele jogou a responsabilidade sobre o secretário de administração do município, o que recai sobre o próprio prefeito Eduardo Torreão.

Dudu, por sua vez, não se pronunciou oficialmente sobre o fato, mas tem se queixado a interlocutores de que Sousinha gastou o que não podia e largou o problema em suas mãos.

Querelas à parte dentro do grupo de situação, a oposição promete centrar fogo nas denúncias e apresentar nos próximos dias novos fatos e provas.

com De Olho no Cariri

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