Cássio diz que é hora de coragem e defende novas eleições no país

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“Este é um momento em que precisamos de muita calma! Precisamos de muita responsabilidade e, sobretudo, de humildade para reconhecer a proporção e a dimensão do problema. E não será fugindo desta realidade que o governo da presidente Dilma Rousseff, do PT, vai conseguir salvar o país do caos. Desde que haja humildade e uma postura sincera de verdade, nós, da oposição, estamos dispostos a discutir o Brasil para salvar a nação do caos e poupar o povo brasileiro de um sofrimento ainda maior. É hora de responsabilidade, prudência, calma e coragem”. Estas foram as palavras do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), nesta quinta-feira (08), em plenário, ao comenta r a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que rejeitou na quarta 0(7), por unanimidade, as contas do governo federal relativas ao exercício de 2014.

Cássio disse que a determinação do TCU abriu o ambiente para a discussão do impeachment da presidente Dilma Rousseff e também a possibilidade de realizar novas eleições.

“Não é momento para euforia, não é momento para provocações, não é circunstância para atear fogo no palheiro e muito menos para tentar controlar o incêndio com gasolina. Nós todos temos muita responsabilidade para conduzir o Brasil para uma porta de saída dessa crise. Há um caminho pela via dos políticos, que é o impeachment, que está previsto na nossa Constituição; ou há aquele caminho que venho defendendo há muito tempo, que é o da democracia direta, o caminho popular, que é o da realização das novas eleições previstas na Constituição, que estão dentro das regras eleitorais e que precisam, naturalmente, ser alvo de uma decisão da Justiça Eleitoral”, analisou.

Crime de responsabilidade

De acordo com parecer do TCU, elaborado por servidores do quadro técnico da instituição, que rejeitou as contas da presidente Dilma, houve crime de responsabilidade fiscal, já que foram comprovadas irregularidades que somam R$ 106 bilhões, num total desrespeito à lei orçamentária.

“O relatório destaca que foram créditos suplementares, sem a devida autorização legislativa, no valor de mais de R$17 bilhões. São quase R$ 18 bilhões, de créditos suplementares, com decretos sem numeração, de suplementação orçamentária sem a devida autorização legislativa, ou seja, crime de responsabilidade na veia, além das pedaladas e do total das ilegalidades que somam nada mais, nada menos do que R$106 bilhões. Foram R$ 106 bilhões de irregularidades apontadas”, afirmou Cássio.

Servidores honrados

Cássio disse que o discurso do governo ao tentar desqualificar o trabalho de servidores de carreira do TCU, não vai funcionar.

“Como é que se pode imaginar que há manipulação política num relatório com 1.500 páginas que foi produzido pela auditoria do Tribunal de Contas, formada por homens e mulheres competentes, dignos, honrados, concursados, servidores de carreira que não se misturam com a política partidária, com as disputas que existem no dia a dia da política brasileira? O governo vai continuar errando se mantiver o discurso de golpe, dizendo que o TCU é um colegiado político, que o Supremo erra quando decide contra o governo, que o TSE erra. Não tem nada de normal, tem algo muito estranho quando o mesmo governo perde numa mesma semana no Supremo, no TSE, no TCU, no Congresso Nacional e quando a presidente está aí, mundo afora, dizendo qu e nós temos que armazenar vento. Tem algo muito estranho acontecendo”, declarou o senador.

Governo de chacota

“Como se já não bastasse um governo sem credibilidade, nós estamos indo para uma situação que é terrível, que é quando o governo vira motivo de chacota, motivo de piada. E é isso que está acontecendo, infelizmente. Eu fico estarrecido em ver a presidente do nosso país, e que foi ministra de Minas e Energia, falar em uma tribuna da Organização das Nações Unidas, que está esperando a tecnologia avançar para que as pessoas possam armazenar vento. E essa armazenagem de vento virou motivo de piada no Brasil. Está todo mundo correndo com um saco plástico daqui para lá para armazenar vento e dizer: ‘está aqui, presidente Dilma, a contribuição para o seu governo e para o seu país’, lamentou o líder Cássio Cunha Lima.

Ascom

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