TV Paraíba volta a denunciar mais uma obra paralisada em Serra Branca

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Em Serra Branca, no Cariri do estado, dois projetos de construção de cisternas estão parados. No primeiro projeto, 170 cisternas deveriam ser construídas, mas apenas 85 foram feitas. De acordo com o coordenador do setor de cisternas da prefeitura do município, Edegledson Souza, a obra parou porque apenas R$ 225 mil de um total de R$ 450 mil foi enviado para a prefeitura. “O que veio foi construído. Como o restante não foi liberado, o período de conclusão do projeto venceu e a construtora desistiu. Agora a prefeitura está tentando resolver a situação e conseguir com a Funasa um novo orçamento para terminar”, disse.

O segundo projeto passa por um problema semelhante. Segundo Edegledson, das três parcelas de um total de R$ 550 mil, a Funasa liberou apenas duas, totalizando R$ 385 mil. Por causa disso, apenas 83% das cisternas e banheiros em residências do distrito de Sucuru foram construídas. “Era para o projeto ter terminado em junho de 2014, mas por causa da falta do repasse, o tempo de conclusão se esgotou e não teve mais como ser aditivado. A empresa prestou contas do que foi feito e o restante do recurso foi devolvido. A burocracia acaba atrapalhando muito nestas situações,” explicou o coordenador.

Segundo a Funasa, 70% do valor foi repassado para a prefeitura em abril de 2013, e deste projeto, 40 cisternas foram feitas completas, e dos 60 banheiros previstos, 40 foram feitos com 66,6% de conclusão. O órgão explicou que a vigência do termo de compromisso expirou, sem que o município solicitasse prorrogação. O termo foi encerrado com 83% de execução física e o processo está na prestação de contas para que o município esclareça os gastos dos recursos que foram repassados.

No sítio Várzea de Onça, José Pedro da Rocha e Maria do Socorro da Silva Rocha tiveram que improvisar para receber um pouco da água de um rio que passa próximo à casa deles. O casal de agricultores deveria ser beneficiado pelo projeto, mas neste caso nem o banheiro nem a cisterna foram feitos.

“O banheiro da gente é no meio do mato mesmo. Temos um espaço aqui dentro que serve só pra tomar banho mesmo. Marcaram o local onde ia ser a cisterna, os técnicos fizeram várias visitas, mas depois não veio mais ninguém aqui. Tivemos que improvisar pelo menos uma forma de ter uma água pra lavar pratos ou pra dar para os bichos”, explicou José Pedro.

A estudante Ana Milena Ferreira de Azevedo, de 12 anos, mora no sítio Boa Vista de Sucuru e lamenta a situação da casa dela, que apesar de ter uma cisterna ainda não concluída, não teve o banheiro feito. “Fizeram só o buraco no chão e foram embora. A gente fica constrangida quando chega uma visita e pede para ir no banheiro e não tem. Nunca deram uma explicação de por que parou”, disse a menina.

Com G1PB

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