O sucesso eleitoral em Serra Branca passa pelos distritos, por Júnior Queiroz

Por Júnior Queiroz

No passado essa coluna já dizia que a eleição de Serra Branca seria disputada por três candidaturas. Na época havia a esperança de uma união das oposições, mas chegada a pré-campanha é perceptível que não há mais uma possível viabilidade.

Com um cenário pré-definido de três candidaturas e o período de convenções se aproximando os grupos políticos de Serra Branca precisam jogar com o time que dispõe em mãos, fazendo as melhores convocações possíveis.

Nos últimos 8 anos, em duas eleições diferentes os distritos de Santa Luzia e Sucuru tiveram candidatos a vice-prefeito e a população dessas comunidades (que tem forte influência no resultado) se acostumou com a representação na majoritária. Então, o fortalecimento das candidaturas passa pelos distritos. Um recuo pode ser entendido como um desprestígio.

O prefeito Souzinha revelou recentemente que tem 5 nomes para vice, porém pode correr o risco de colocar alguém forte, mas que tenha um eleitor que já é do prefeito. Isso não agrega e vice em campanha tem a principal função de agregar um voto diferente para chapa. A saída é pelos distritos e o melhor nome do grupo para vice é do ex-vereador Paulo Sérgio Barros, que enfrentou um desafio difícil de conduzir o hospital e saiu de lá com uma boa aprovação junto a população. A chapa mais competitiva do governo é renovar a dobradinha sede/distrito dessa vez com Souzinha e Paulo Sérgio.

O grupo do PSDB é que parece ter mais essa concepção sobre essa tese. O vice-prefeito Joda e seu filho vereador Diógenes não podem ser candidatos a vice por conta da legislação eleitoral. Mas todos sabem sobre uma carta na manga. O nome dela é Diego, atua na educação com forte penetração nos distritos, não é filho registrado de Joda Zuza, mas é de coração e levaria a marca do pai para a chapa. Com essa jogada esse grupo estaria contemplando os distritos e adjacências. O PSDB ainda conta com o outro nome de alto potencial político chamado Hércules Holanda, vereador mais votado na última eleição. Mas Hércules ou “é 8 ou 80” e não demonstra ter tanta afinidade pelo cargo de vice. Então, a melhor opção é Flávio e Diego.

Em relação ao grupo PT/PDT estão ainda as maiores indefinições, pois é o único grupo que ainda não definiu o pré-candidato a prefeito. Dois nomes figuram com mais possibilidades, trata-se de Galeguinho (PT) e Guilherme Gaudêncio (PDT). Para alcançar uma viabilidade eleitoral maior esse grupo terá que jogar diferente.

Nome genuíno da legenda, Galeguinho obteve uma grande votação na eleição passada, porém se absteve do debate nos anos seguintes e isso abriu portas para Guilherme com seu mandato protagonizar a discussão no grupo e ganhar protagonismo. Sem dúvidas é o nome mais viável dessa formação, porque poderia conseguir ter mais capacidade de buscar um voto além-PT. E onde fica o PT nessa escalação? A resposta é na vice com o nome Macilon Rafael, vereador que representa os distritos e é o único com potencial político de fazer frente aos adversários naquelas comunidades que vão cobrar por nomes genuínos nas chapas. Guilherme e Macilon seria a melhor escalação dos partidos à esquerda em Serra Branca.

A população dos distritos, historicamente menos favorecidos pelas ações do poder público quer resultados, mas também representatividade. Então é necessário cautela e uma boa estratégia para todos, porque uma escalação mal feita pode terminar num 7 a 1.

Júnior Queiroz é radialista e Diretor do Paraíba Mix

Atenção: Esse artigo refere-se a opinião particular do autor e não do site.

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