Prefeita paraibana poderá ser cassada por supostas práticas abusivas no período eleitoral

A prefeita Luciene de Fofinho (DEM) do município de Bayeux , localizado na região metropolitana de João Pessoa, poderá ter o mandato cassado sob acusação de ter cometido abuso de poder no município durante a campanha eleitoral de 2020. A gestora nem bem começou a gestão e já pesam contra ela três ações pedindo a cassação do mandato e a inelegibilidade por 8 anos.

Conforme o promotor de justiça do Ministério Público Eleitoral, Demetrius Castor a gestora teria utilizado a máquina pública para manter-se no cargo, o que teria desequilibrado o pleito na cidade. Luciene estava no cargo de prefeita cumprindo o restante da gestão de 2018, uma vez que o prefeito Berg Lima havia renunciado ao cargo e o presidente da Câmara Municipal foi afastado por corrupção.

Luciene de Fofinho responde a três Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) sob a acusação de doação de cestas básicas no período vedado das eleições, facilitação de consultas médica para aliados, além do aumento injustificado da folha de pagamento com a contratação de comissionados.

“À época a prefeita eleita indiretamente estava com a máquina administrativa nas mãos e é fatos que foi feita uma captação ilícita de sufrágio gritante aos olhos do Ministério Público. Daí porque impetramos essas ações para que a justiça apure e diga se houve ou não irregularidades nas eleições do ano passado”, explicou o promotor.

Demetrius Castor disse ainda que a provas contra a gestora são robustas e que contra fatos não há argumentos.

“Basta acessar o Sagres do TCE que se percebe o aumento injustificado na folha de pagamento. Tanto é, que houve um aumento de mais 500 comissionados, o que deu a entender que foi para angariar votos porque depois de eleita, ela demitiu todas essas pessoas”, afirmou o promotor.

As ações estão tramitando em primeiro grau na comarca de Bayeux. Já houve duas audiências referentes à distribuição de cestas básicas e às consultas e sobre o aumento da folha ainda estão correndo os prazos para a prefeita apresentar sua defesa.

“Mas isso é inconteste. Ela não tem como justificar o injustificável”, avaliou o promotor.

Paraíba Online

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